Cumprindo com a
minha promessa do post anterior, hoje irei falar sobre um anti-herói clássico,
que com certeza a maioria das pessoas conhecem ou já ouviram falar dele. A
história original desse personagem foi publicada inicialmente em um livro, e a
partir daí, foi adaptada inúmeras vezes para o cinema, e também transformada em
um musical de grande sucesso. Bom, chega de enrolação: o personagem de hoje e
sonho de consumo de muitas garotas é ninguém nada mais, nada menos, do que
Erik, o Fantasma da Ópera!
Clássicos símbolos do Fantasma |
Começando com
uma breve apresentação técnica sobre a obra (trecho retirado da Wikipédia, para
saber mais, clique aqui):
“Le Fantôme de l'Opéra (O Fantasma da Ópera, em português) é um romance francês
escrito por Gaston Leroux, inspirado no
livro Trilby, de
George du Maurier. Publicado pela primeira vez em 1910, foi desde então adaptado inúmeras vezes para o cinema e atuações de teatro, atingindo o seu auge ao ser adaptado para a Broadway, por Andrew Lloyd Webber, Charles Hart e Richard Stilgoe”.
Nesta postagem,
irei falar sobre o livro, o musical, os principais filmes do Fantasma da Ópera, e também
sobre a continuação teatral, Love Never Dies, de 2011. Como nenhuma das
adaptações cinematográficas é totalmente fiel ao livro, por causa da história
original ser muito extensa, eu estarei apontando aqui as principais semelhanças
e diferenças entre os filmes existentes.
Sobre o livro O Fantasma da Ópera, de
Gaston Leroux:
Edição brasileira do livro que serviu de base para o meu resumo e análise |
“O Fantasma da Ópera existiu. Não foi, como muito
tempo se acreditava, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores,
a criação aloucada de cérebros excitados de donzelas do corpo de baile, das
mães delas, das “lanterninhas”, dos funcionários do vestiário e da portaria”.
Frase retirada do Prólogo do livro.
É assim que
começa o enredo. Percebe-se claramente uma menção às fangirls do século XIX
(“...cérebros excitados de donzelas...”). A narrativa é centrada em torno
do mistério do Fantasma (Erik), uma personagem que assombrava a Ópera de Paris,
de modo que só descobrimos toda a sua origem e sua história bem no final do
livro (autor sacana esperto!). Obs.: a narrativa é totalmente ficcional,
apesar do autor dizer o contrário (ele fez isso para dar um toque de realismo à
história).
Vou fazer um
resumo da narrativa (Atenção: contém
spoilers!). Mas lembrem-se: o livro tem mais de 300 páginas. Se eu fosse
resumi-lo detalhadamente, não iria sobrar espaço para falar sobre os filmes
nessa postagem. Portanto, se quiserem saber mais da história, recomendo que
leiam o livro ou assistam alguma adaptação cinematográfica (principalmente a de
2004, super recomendo!).
A história se
passa na Ópera de Paris, no século XIX. Christine Daaé é uma jovem cantora. Seu
pai foi um grande violinista, e quando Christine era pequena, ele sempre lhe
contava histórias. Uma delas é a do Anjo da Música. Seu pai lhe dizia que todos
os grandes músicos recebem, ao menos uma vez na vida, a visita desse Anjo, que
se faz ouvir por uma voz suave e encantadora, que dá o dom da Música a essas
pessoas que o ouvem. E o pai prometeu à Christine que, quando ele morresse, ele
enviaria esse Anjo para ela.
Pois bem, o Sr.
Daaé morreu enquanto Christine ainda era jovem. Então ela, sem mais opções,
entrou para a Ópera de Paris. E, um dia, há três meses atrás, quando Christine
estava sozinha em seu camarim, ela ouviu uma voz suave, suprema, que ecoava
através das paredes, deixando Christine em pleno êxtase.
“...nunca ouvira nada neste mundo de mais suave, de
mais insidioso, de mais delicado na força, de mais forte na delicadeza, enfim,
de mais irresistivelmente triunfante”.
Descrição,
retirada do livro, sobre essa Voz.
A Voz era bela
como a de um Anjo. Assim, Christine passou a acreditar que se tratava de seu
Anjo da Música, prometido pelo seu pai. E, logo, a Voz passou a conversar com
ela, alimentando as ilusões de Christine, afirmando ser um Anjo divino e que
veio à Terra para lhe dar aulas de música, todos os dias. Christine obviamente
acredita nele, apesar de nunca poder ver esse tal Anjo, que cantava através das
paredes de seu camarim. E Christine, que já tinha uma boa voz, progride cada
vez mais no canto, sua voz se torna tão magnífica que causa um estranhamento a
si mesma.
Porém, um dia,
Raoul de Chagny, um grande amigo de infância de Christine, a vê cantar na
Ópera. Recordando os seus dias de infância que passou ao lado de Christine,
Raoul logo se dá conta de que está apaixonado por ela. E a procura, fazendo-a
se lembrar dele. Depois de vê-lo, reascende também em Christine essa paixão
infantil. Porém, o Anjo percebe e, sob ameaças de não mais cantar para
Christine, a proíbe de “dar a alguém
neste mundo o seu coração”. Christine então se vê dividida entre seu amor
infantil por Raoul e sua fascinação, atração, pelo Anjo (configurando aí o
Complexo de Édipo Feminino, ou Complexo de Electra, pois o Anjo seria tudo o
que restou do pai de Christine, o Sr. Daaé).
Ao vê-la com o
coração dividido, o Anjo da Música decide dar um passo à frente para conquistar
Christine. Ele a sequestra uma noite, levando-a para o subterrâneo da Ópera,
onde vive. Apesar de ele usar uma máscara e roupas compridas e pretas,
Christine logo percebe que a Voz nada mais é do que um homem, e não um Anjo. E,
ao ver que esse homem conhece todas as passagens e caminhos secretos da Ópera,
logo percebe também que ele é o Fantasma da Ópera, uma figura lendária, um
gênio da música, da mágica e da arquitetura, que manipula os diretores do
teatro (através de cartas com exigências) e assusta todos os demais, causando
acidentes e mortes quando não é feita a sua vontade, com o objetivo de
controlar toda a Ópera de Paris. Ao descobrir tudo isso, Christine fica
horrorizada.
O Fantasma então
diz a ela que seu nome é Erik, e se põe aos seus pés, dizendo que a ama incondicionalmente,
pede perdão por enganá-la, e diz que ela estará segura com ele, se ela não
conhecer o seu rosto, coberto por uma máscara. Porém, Christine não resiste, e
enquanto Erik cantava para ela, ela puxa rapidamente sua máscara, descobrindo a
sua face deformada. Erik então tem um acesso de fúria, maldizendo a todos,
mostrando a Christine todo o seu ódio e rancor, assustando-a mais ainda do que
já estava. Seu rosto extremamente deformado é o motivo de ele usar a máscara,
de se esconder de todos à sua volta, de utilizar os meios mais hediondos para
se proteger a todo custo da curiosidade das pessoas. Porém, há ainda um pouco
de humanidade dentro de si. Christine chega a essa conclusão, em um dos trechos
mais belos deste livro, reproduzido abaixo:
“Por certas maneiras aloucadas que tinha tido,
durante a cena, de me olhar, ou melhor, de aproximar de mim os dois buracos
negros do seu olhar invisível, eu tinha podido mensurar a selvageria de sua
paixão. Para não me haver tomado nos braços, quando eu não podia oferecer-lhe
nenhuma resistência, era necessário que esse monstro fosse metade anjo e quem
sabe, afinal de contas, ele não era um pouco o Anjo da Música, e quem sabe ele
o tivesse sido inteiramente se Deus o tivesse vestido de beleza em vez de
trajá-lo de podridão!”.
Erik então diz a
Christine que, se nunca tivesse visto seu rosto, seria mais fácil para ela o
amar. Mas já que ela viu, agora será obrigada a passar um tempo com ele nos
subterrâneos da Ópera, para que a convivência diária a acostume a ele.
A obsessão do
Fantasma e a falta de liberdade aprisiona Christine, fazendo morrer toda a sua
admiração pelo seu outrora Anjo da Música. Depois de um tempo, Raoul percebe o
sofrimento silencioso de sua amada, e consegue, depois de tanto insistir, que
ela conte para ele o que está se passando. Depois da confissão dela, ele fica
furioso, e deseja matar Erik. Porém, Christine, temerosa pela vida de Raoul,
não revela onde Erik se esconde, e propõe a ele que ambos fujam para longe
dali, que vão para um lugar onde possam se casar e viverem em paz, onde Erik
não poderá encontra-los.
Porém, o
Fantasma estava observando-os enquanto eles conversavam, e descobre todo esse
plano. Furioso, ele rapta Christine na mesma noite em que ela tinha combinado
de fugir com Raoul. Erik a leva para os subterrâneos da Ópera, e a obriga a
fazer uma escolha: ou ela se casa com ele, ou ele explodirá toda a Ópera de
Paris, que nessa hora estava lotada de pessoas.
“... Para mim, é impossível continuar a viver assim,
no fundo da terra, num buraco, como uma toupeira! Don Juan Triunfante [uma música que
Erik compôs] está terminado, agora eu
quero viver como toda gente. Quero ter uma mulher como toda a gente e iremos
passear aos domingos. Inventei uma máscara que me faz ficar com o rosto de qualquer
um. Não vão nem virar para trás. Você será a mais feliz das mulheres. E
cantaremos só para nós, até morrer. Você está chorando? Tem medo de mim? No
fundo, entretanto, eu não sou mau! Ame-me e verá! Só me faltou ser amado para
ser bom! Se você me amasse, eu seria doce como um cordeiro e você faria de mim
o que quisesse”.
Trecho,
retirado do livro, da fala de Erik para Christine.
Porém, quando
Erik a raptou, Raoul viu e o seguiu até o subterrâneo, para resgatar sua amada.
Erik percebe a presença de Raoul ali, e o prende numa sala de tortura, para o
desespero de Christine. Então a moça, para salvar a todos, inclusive Raoul,
aceita se casar com Erik. Ele então lhe dá um beijo na testa, e começa a chorar
de emoção. Christine também chora, e diz “Pobre
infeliz Erik!”. Neste momento, fica claro para ele que Christine não o ama,
e sim apenas o compreende e sente pena dele. Então Erik, desolado, entrega a
aliança para Christine, e diz a ela que é um presente de casamento para ela e
Raoul. Ele liberta o moço, e deixa os dois irem embora, mas antes disso, faz
Christine prometer que, quando ele (Erik) morresse, ela viria para enterrá-lo
com o anel que ele deu para ela. Três semanas mais tarde, é publicado um
anúncio necrológico em um jornal de Paris: “Morreu
Erik”.
No Epílogo do
livro, o autor conta, brevemente, como era a vida de Erik antes de ele se
refugiar nos subterrâneos da Ópera de Paris. Ele nasceu em uma pequena cidade
da França, chamada Ruão; era filho de um empreiteiro de obras. Seus pais o rejeitaram
desde cedo, por causa de seu rosto deformado. Então Erik fugiu de casa e,
durante um tempo, viveu entre os ciganos e aprendeu muito sobre a arte e a
mágica. E um dia, um rei da Pérsia ouviu falar de suas habilidades, e contratou
Erik para trabalhar a serviço do reino. Ele se tornou o protegido do rei, e
cometia assassinatos contra os inimigos do país. E também construiu grandes
invenções e palácios. Então, como ele sabia segredos demais, ao final de seus
trabalhos, o rei mandou mata-lo. Erik conseguiu escapar, e arrumou outro
trabalho, dessa vez em Constantinopla, onde novamente construiu monumentos
incríveis, e mais uma vez, foi perseguido por saber demais. Cansado dessa vida,
ele se mudou para Paris, na época que estava sendo construído o Teatro. Ele
participou dessa construção, e quando ela terminou, ele se refugiou no seu
subterrâneo, para se dedicar à música, uma de suas paixões.
Por fim, o livro
termina com um questionamento, feito pelo autor, nos dizendo que não devemos
odiar Erik, pois ele, na verdade, foi uma vítima de seu próprio rosto, da
rejeição e solidão ocasionadas pela sua deformidade. Isso porque, como ele
próprio diz, “para ser bom só lhe faltou
ser amado”.
Adaptações Cinematográficas da Obra e
Musicais:
Eu assisti apenas
algumas das adaptações cinematográficas do livro. Vou citar a maior parte delas, por ordem
cronológica, mas só irei comentar mais detalhadamente as que eu pude ter
acesso, para não falar besteira. :P
·
The
Phantom of The Opera, de 1925, com os diretores Rupert Julian e Lon Chaney, e 93
min de duração.
Esse foi o
primeiro filme produzido sobre o livro, tanto que é em preto-e-branco. Dizem
que é a adaptação mais fiel à história original. A maquiagem do ator dá um
aspecto de “monstro” ao Erik.
O ator Lon Chaney interpreta Erik nesta versão |
·
Phantom
of The Opera, de 1943, com o director Arthur Lubin, e 92 min de duração.
Essa versão não
é tão fiel à história original.
·
The
Phantom of The Opera, de 1962, com o diretor Terence Fisher, e 84 min de
duração.
Dizem que, nessa
versão, Erik é mais humanizado.
O ator Herbert Lom interpreta Erik nesta versão |
·
The
Phantom of The Opera, Musical, de 1986, autoria de Andrew Lloyd Webber.
Segue abaixo os
dados do musical, retirado da Wikipédia (para saber mais, clique aqui):
“O Fantasma da Ópera (no original em inglês: The Phantom of the
Opera) é um musical composto por Andrew Lloyd Webber, baseado no romance homônimo de Gaston Leroux. As músicas foram compostas por Andrew Lloyd Webber, com letras de Charles Hart e letras adicionais por Richard Stilgoe. O musical narra a história de uma
bela soprano, Christine Daaé, que passa a ser a
misteriosa obsessão de um gênio musical conhecido como "O Fantasma da
Ópera", já que ninguém o vê nem sabe quem é. O álbum deste musical está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll
Hall of Fame.
The Phantom of
the Opera abriu no Her Majesty's Theatre em Londres em 9 de Outubro de 1986, com o elenco composto por Michael Crawford no
papel principal, Sarah Brightman como
Christine e Steve Barton como Raoul. Atingiu as suas 9000 performances em 31 de
Maio de 2008.
O musical abriu na Broadway, no Majestic Theatre, em 26 de
Janeiro de 1988 e é o musical com maior tempo de exibição, quebrando o recorde
de Cats, em Janeiro com a sua
performance nº 7.486. Crawford,
Brightman e Barton formaram o elenco original na produção de Nova York, e Judy Kaye
teve o papel de Carlotta. O fantasma já foi representado por vários atores,
sendo seus últimos, Ramin Karimloo, Howard McGillin e John Cudia”.
Eu tive a chance
de assistir a versão teatral em DVD, na edição comemorativa dos 25 anos do
Musical, no Royal Albert Hall, porém, eu já conhecia as músicas através do
filme de 2004, que também foi produzido com a supervisão de Andrew Lloyd
Webber.
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Foi a partir
desse musical que as outras adaptações do livro se tornaram mais romantizadas
(com exceção da versão de 1989). A deformação do rosto de Erik passou a ser apenas
parcial (no livro, é o rosto inteiro), e com isso, mudou o formato de sua
máscara. Foi introduzido, no final da história, o beijo romântico de Erik e
Christine (no livro, ele a beija apenas na testa), e também mudou o fim trágico
do Fantasma (ele simplesmente desaparece, não morre). Também fica claro o
poder, o desejo, que ele desperta em Christine, em oposição ao amor infantil
que ela sente por Raoul.
Sobre as
músicas, o que posso dizer sobre elas? São simplesmente divinas, principalmente
quando cantadas por Michael Crawford e Sarah Brightman, o Erik e Christine
originais. Cinco músicas
se destacam no Musical: “The Phantom of The Opera Theme”, “Think of me”, “The
Music of The Night”, “All I Ask of You” e “The Point of No Return”. Segue abaixo a
música tema (a 1ª), com as vozes originais. Eu apresentarei as outras músicas
(e as letras delas) mais adiante, quando for falar sobre o filme de 2004.
Ou assista clicando aqui.
The Phantom of The Opera Theme. Clique aqui para
ver a letra da música e sua tradução.
·
Phantom
of The Opera, de 1989, com o diretor Dwight H. Little, e 92 min de duração.
Esse filme eu
pude assistir. Achei péssimo! Foge totalmente da história original. O filme é
sem pé nem cabeça (com direito até a viagens no tempo e pactos com o diabo...
WTF?). Erik aqui é visto como um verdadeiro vilão: mau, excêntrico e promíscuo.
·
The
Phantom of The Opera (minissérie), de 1990, com o diretor Tony Richardson, e
181 min de duração.
Esta minissérie
eu também assisti. A história dela foge bastante da original, mas isso não tira
o seu mérito. O Erik desta versão é o mais humanizado de todos, mata apenas
para se defender (segundo ele, “Matar me
tira dos eixos”), é um perfeito cavalheiro, e possui até família (seu pai).
A minissérie é um pouco parada, confesso, mas vale muito a pena assistir.
·
O
Fantasma da Ópera (minissérie brasileira), de 1991, com o diretor Del Rangel, e
55 min de duração.
Essa é a versão abrasileirada da obra,
produzida pela extinta TV Manchete. A narrativa se passa no Rio de Janeiro,
portanto, difere bastante da história original (até o nome dos personagens
mudam!).
·
The
Phantom of The Opera (filme/musical), de 2004, com o diretor Joel Schumacher, e
141 min de duração.
Segue abaixo
vídeos de algumas partes do filme, com as cinco melhores músicas cantadas pelos
próprios atores (#asminasmorrem com tanto romance assim! :P).
Ou assista clicando aqui.
The Phantom of The Opera Theme. Clique aqui para
ver a letra da música e sua tradução.
Ou assista clicando aqui.
Think of Me.
Clique aqui para ver a letra da música e sua tradução.
Ou assista clicando aqui.
The Music of The Night. Clique aqui para ver a letra da
música e sua tradução.
Ou assista clicando aqui.
All I ask of You. Clique aqui para ver a letra da música e
sua tradução.
The Point of No Return. Clique aqui para ver a letra da
música e sua tradução.
Extra: a
maquiagem de Gerard Butler (existe Fantasma mais lindo do que ele, mesmo sem
a máscara?) :O
Ou assista clicando aqui.
·
Love
Never Dies, Musical (continuação teatral em DVD do Musical original), de 2011,
autoria de Andrew Lloyd Webber.
Podemos chamar
este musical, baseado no livro "O Fantasma de Manhattan" (matéria sobre esse livro aqui), de “O Fantasma da Ópera 2”, pois é uma continuação, romantizada,
dos eventos da história original, e se passa dez anos depois dela. O Fantasma
(Erik), depois de Christine o abandonar e ir embora com Raoul, sai de Paris e
vai para Nova York, onde se refugia e patrocina um Teatro de Coney Island, de
forma anônima. Porém, ele não desiste de Christine, que agora está casada com
Raoul e possui um filho, Gustave. Então, ele a contrata para cantar neste novo
teatro, para assim poder ter a chance de reconquista-la.
Essa continuação,
infelizmente, não foi muito bem recebida pelo público e pela crítica. Muitos
afirmam que essa nova história “distorceu” ou “descaracterizou” os personagens
e a narrativa originais, a começar pelo suposto filho de Raoul e Christine, que
é revelado depois ser filho de Erik. Isso seria impossível de acordo com as
outras versões, pois Erik nunca teve uma “noite” com sua amada (para o
desespero das shippers :P ). Claro que nessa versão eles dão um jeito de
consertar isso, dizendo que Erik, uma vez, foi visitar Christine à noite em seu
camarim, mas mesmo assim, fica um pouco sem sentido, entendem? Outro equívoco
do filme é a data em que ele se passa. A história original ocorre por volta de
1880, e essa continuação se situa dez anos depois, ou seja, era para ser em
meados de 1890, e não em 1907, como se fala no começo do filme.
Porém, desconsiderando
esses errinhos de sequência, essa versão é um show! Os cenários com movimentos,
o figurino e as músicas são belíssimos. Com certeza vale a pena assistir! Segue
abaixo o vídeo da música-tema Love Never Dies:
Ou assista clicando aqui.
Love Never Dies.
Clique aqui para ver a letra da música.
E é isso,
pessoal! Minha postagem ficou muito extensa, admito, mas pude apresentar, a
quem tiver interesse, a maior parte das versões desta belíssima história. Vale
enfatizar também os motivos pelos quais muita gente gosta do Fantasma: ele é,
na verdade, uma vítima da sociedade, por causa de sua deformidade facial, o que
acarretou o preconceito dos demais, isolando-o do mundo o obrigando-o a tomar
atitudes drásticas para sobreviver. Apesar disto, ele é um gênio da Música, das
Artes e da Arquitetura, e um cavalheiro com um bom coração. Talvez o seu único
crime foi amar tanto Christine, a ponto de seus sentimentos se tornarem uma
obsessão, o que acabou por afasta-la dele.
Ou assista clicando aqui.
Cena deletada injustamente do filme de 2004, com a música "No One Would Listen" (clique aqui para ver a letra da música e sua tradução). Essa cena é de chorar nos mostra claramente a humanidade de Erik e sua extrema solidão, nos fazendo querer entrar no vídeo para confortá-lo :P
Olá, eu gostei muito de seu 'resumo' sobre essa maravilhosa e fascinante história. Eu assisti apenas uma versão dessas aprensetadas, q foi a de 1990. E não conhecia a verdaderia história baseada no livro. Parabéns! Eu adorei tudo e principalmente o detalhamento de cada obra, seja cinematográfica e teatral.
ResponderExcluirAbraços :)
Owwn, muitíssimo obrigada!! Fico muito feliz que tenha gostado! Eu amo demais o Erik, é um personagem incrível. Conheci a história através de uma peça de teatro aqui na minha cidade. A versão cinematográfica de 1990 foi a 1ª que assisti, e é a minha 2ª preferida, só perde para a de 2004. Inclusive recomendo essa nova versão a você, caso tenha oportunidade de assistir, pois é muito boa, as músicas, as interpretações, tudo.
ResponderExcluirUm abraço! ;)
OMG,gosto demais da história do Fantasma da Ópera,demais mesmo *-*E fala sério,o Erik é o sonho de consumo de todas as meninas(inclusive o meu,mas #abafa,kkkk)A versão cinematográfica q eu mais gosto da história é a de 2004(tenho o DVD original *-*) e sempre vou dormir escutando Music of the Night e imaginando o Fantasma cantando essa música pra mim *-*E com certeza,se tivesse outra versão da história,um Fantasma perfeito pra mim seria o Ian Somerhalder *----------*
ResponderExcluirRsrs... Quem nunca desejou ouvir o Erik cantando só para si Music of the Night?? Um sonho perfeito mesmo! Gerard Butler ARRASOU no filme de 2004, eu tenho até o CD com as músicas do filme, e ouço direto, kkkkk.... Ian Somerhalder ficaria lindo como Erik, seria uma ótima escolha! ;)
ExcluirNão importa qual seja a versão, eu sempre vou sentir raiva da Christine e achar o Raoul um tapado. Simples assim. Vi primeiro o filme de 2004 e já achei foda, quando vi o musical de 25 anos com Sierra e Ramin... ai foi ficar com as pernas bambas e ERIK VEM QUE TO TE ESPERANDO !!! Aquele cara atua e canta tão bem e interpreta também, até chorei naquele final, ele grita, chora e "Christine... I love you". Ouço direto The Ponit of No Return.
ResponderExcluirNão sabia que tinha tantas versões e certamente vou procurar o livro.
Há cerca de 20 versões cinematográficas da história, Ana. Eu só citei as principais neste post. A versão comemorativa de 25 anos do musical é incrível mesmo, também gostei dela. E, sobre o livro, para as pessoas que assistiram primeiro a versão de Andrew Webber (musical e filme de 2004) pode ser um pouco decepcionante ver Erik sendo retratado como um vilão mau e perverso, por Gaston Leroux. Foi ele quem criou o personagem, mas, de fato, quem o imortalizou foi Andrew Webber, sem dúvida! ;)
ExcluirAna, concordo 100%. Não importa o quanto os defensores dessa vaca protestem, eu SEMPRE odiei ela e o Raoul. E pior, no livro, o Raoul começa a pensar que a Christine ama outro cara e tal, e ele age que nem um doido, como se ele não aceitasse se a Christine amasse o outro. Sabemos que ela "amava" ele, e fica com ele no final (pra mim ela só tem olho pro dinheiro dele), mas se ela realmente quisesse o Erik, o Raoul ia meter a louca e não aceitaria ela amar outro cara. Pode isso? Aff, ranço desses dois nojentos... só queria abraçar o meu nenê (Erik), poxa... VEM PRA MIM, ERIK, DEIXA ESSA VACA DE LADO, DANE-SE ELA, ELA POUCO SE IMPORTA CONTIGO!
ExcluirOi Lady.Quelzinha. Gostei muito das reportagens sobre o Fantasma Erik. Vou fazer uma apresentação escolar sobre esse filme. Obrigado pelos detalhes.
ResponderExcluirOwn, muito obrigada, de coração! Fico muito feliz que minhas postagens puderam te ajudar! Hoje mesmo vou postar outra matéria sobre o Erik, não perca! Abraços! ;)
ExcluirAMEI TENHO TODAS A VERSÕES DOS MUSICAIS E FILMES SOU APAIXONADA PELO PERSONAGEM ERIK TAMBÉM ACHEI NO DVD LOVE NEVER DIES NÃO CONVENCEU ESSA HISTORIA DE UMA NOITE DE AMOR DE ERIK COM VACA DA CRISTINE! MAIS A MÚSICA ESTÃO LINDAS!!
ResponderExcluirObrigada, Fadinha! Rsrs, nós, phangirls, odiamos a Christine, isso é #fato!
ExcluirOii, gostaria de dizer que adorei o seu post e queria dar uma opiniãozinha numa coisa... No musical Love Never Dies, o musical teve duas versões a primeira foi a inglesa, que os atores eram Ramin e Sierra. E a segunda versão foi a australiana, que é a que você cita. Só que a versão inglesa é a que realmente não foi muito aceita pelo fato de dar uma continuação que como você postou, não tem muito sentido, e também porque a produção era extremamente pobre, então para o nosso deleite, foi lançada a versão australiana, que é incrível com duas partes do palco que giram e as novas musicas etc. (era isso)
ResponderExcluirMas o seu post está incrível adorei saber um pouco mais sobre as obras antigas. Obrigada.
Own, muito obrigada, Victória! Eu soube que Love Never Dies teve mais de uma versão, mas só consegui assistir a australiana mesmo! Você chegou a assistir a inglesa também? Muito obrigada pelas informações! ;)
ExcluirInfelizmente não... Mas, consegui baixar o script da produção inglesa no 4shared , e só pelo script já é possível ver as diferenças entre uma produção e outra... Mas também dá pra achar o vídeo de "Beauty underneath" no youtube e alguns outro em sites sobre a obra, é até triste de ver a produção inglesa... (Uma pena mesmo, porque eu adoro o Ramin e a Sierra)
ExcluirEntendi, vou procurar no Youtube então... Obrigada! ;)
Excluireu assisti a versão de Sierra e Ramin tem muitas diferença com o dvd além de ser mais longa mostra o lado arquiteto do Erik no dvd inventaram que ele tinha um coleção de marmotas naquela parte que gustave grita no teatro o menino vai escondido no esconderijo ai o Erik mostra tudo a versão do teatro é muito longa realmente naum ia caber no dvd mais explica bem direitinho inclusive a tal noite de amor de erik e cristine
ResponderExcluirQue interessante, Fadinha! Você sabe onde posso encontrar esta versão para assistir? Obrigada! ;)
ExcluirInfelismente naum tem pq foi no teatro quando estava em londre que vi essa versão agora tem uns pedaços dela no youtube ai vc tem como montar o musical todo
ResponderExcluirAh, entendo... Obrigada! ;)
ExcluirOi, oi. Caindo de paraquedas aqui ;) - aliás, sinto que o seu blog é Demais!!
ResponderExcluirA minha escola veio com um papo de noite de talentos e no sorteio a minha sala tirou o Fantasma da Ópera. Lógico, já tinha ouvido falar mas sempre me esquivava por pensar que era um filme de terror. :P
Só que ontem eu fucei os YouTubes da vida pra entender a estória e acabei caindo na de 2004. SEN-SA-CIO-NAL! Nada tinha me fisgado tanto depois de Orgulho e Preconceito(assisti 2 anos atrás). Hoje eu também vi a edição dos 25 anos e posso dizer que estou ansiosíssima pra ler o livro, que aliás deve ser de uma delicadeza fantástica.
Aliás (agora, depois do meu ataque cardíaco), seu post foi muito informativo, estava querendo entender a 'verdadeira' estória dele. Ah, só um porém aqui, como assim 'Masquerade' não entrou nas principais??? (nem mesmo aquela curtíssima do Erik)
Oii Loana!
ExcluirObrigada, fico muito contente que meu resumo possa ter te ajudado! ;) Também AMO Orgulho e Preconceito, é uma história fantástica! <3
Com relação ao livro do Fantasma da Ópera, ele é bem diferente do filme de 2004. Como foi escrito em 1910, carrega muitos preconceitos de época, e dá mais enfoque ao lado sombrio e maldoso de Erik. Foi a partir do musical de Webber em 1986 que a narrativa ganhou os toques românticos que tanto gostamos. Portanto, é bom ter essa observação em mente quando for ler a obra, para não se decepcionar tanto com as diferenças de enfoque entre ela e o filme de 2004. ;)
Hehe, também gosto muito da canção "Masquerade", mas há também outras músicas incríveis do musical, como "Angel of Music" e "Wishing You Were Somehow Here Again"... Se eu fosse colocá-las também, não iria ser um "Top 5", e sim um Top 10, kkkkkkkkkkk, entendeu? :p
Obrigada pelo seu comentário, e bem vinda ao mundo das "phangirls", rs
Adoreiiii também!
ResponderExcluirAdoreiiii também!
ResponderExcluirAI.MEU.DEUS. Uma fangirl locaaa! GENTE, eu choro muito lendo o livro, não foi legal ter matado o Erik, e eu sempre vou odiar a Christine e o Raoul, PELO AMOR DE DEUS, QUE RANÇO! Eu simplesmente amo o Erik, principalmente o gostoso do Gerard Butler, só queria entrar na história e beijar esse maravilhoso... eu escolheria viver pra sempre com ele, e chutaria a bunda do inútil do Raoul...
ResponderExcluirQuanto a Love Never Dies, eu gosto muito dessa história, apesar dos erros e da descaracterização da Meg. Eu até achei legal a ideia dela se apaixonar pelo Erik e não ser correspondida e tals, mas tenho que confessar algumas falhas. Mas retirando isso, o livro e o musical são excelentes, embora minha preferência sendo a ideia original.
No futuro eu serei uma escritora, e eu vou escrever um livro de Phantom, onde o Erik e a Christine VÃO FICAR JUNTOS! AMÉM!
Eu também escrevo fanfics, normalmente continuações do musical de 2004, e eu sei que a ideia do Erik se apaixonar por outra mulher acaba descaracterizando um pouco, mas seria bom ele conhecer outro amor e aprender que a Christine nunca prestou mesmo. Ela nem se importava com os sentimentos dele, mas sei lá, outra pessoa poderia... não vou expor minhas histórias de phangirl, mas é isso. BEIJOS, AMEI O SEU BLOG <33